Cerimônia de abertura aconteceu na tarde desta segunda-feira
“Central, central, é Força Sindical”, com essas palavras de ordem, Paulo Pereira (Paulinho da Força), deputado federal e presidente da central, declarou aberto o 8º Congresso da Força Sindical, durante cerimônia realizada no Ginásio Municipal Falcão, na tarde desta segunda-feira (12), em Praia Grande, São Paulo. O evento acontece entre os dias 12 e 14 de junho e conta com a participação de mais de 2 mil delegados de todos os estados brasileiros em que a Força está presente e também delegados de sindicatos internacionais, em especial China, África do Sul, México e Itália.
A Força do estado de Minas Gerais está muito bem representada com delegações de várias cidades, entre Belo Horizonte, Contagem, Uberaba, Formiga, Juiz de Fora, Uberlândia, Varginha, Montes Claros, Itabira, Divinópolis, Patos de Minas, Cataguazes, Conselheiros Lafaiete, Teófilo Otoni, Itabira, Itabirito e São João Del Rei.
O presidente da Força Minas, Vandeir Messias Alves, também presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas e Farmacêuticas de Belo Horizonte e Região (SindLuta), juntamente com os presidentes das centrais estaduais, compôs a mesa da solenidade
“Após a realização dos congressos estaduais, com destaque para o congresso da Força Minas que nos reconduziu à presidência da central mineira novamente, realizamos este congresso, com a participação de lideranças sindicais de todo o país, em um momento complicado em que o Brasil atravessa. Precisamos discutir as reformas perversas que o Governo Temer está impondo e possíveis saídas para a crise que assola os trabalhadores e toda sociedade brasileiras”, destacou.
PRESENÇA POLÊMICA
Presença que gerou polêmica foi a de Ronaldo Nogueira, ministro do Emprego e Trabalho, que foi recepcionado com gritos de “Fora Temer”, “Nenhum direito a menos” e muitas vaias.
Contudo, Paulo Pereira explicou aos presentes que o ministro havia sido contrário às reformas e que por isso o convidou para participar do congresso. “Ele está trabalhando para aprovar a medida provisória que visa corrigir o texto da reforma. Chamamos aqui um aliado nosso dentro do governo, um governo impopular que está tirando os direitos dos trabalhadores. Quero que todos respeitem o ministro, ele é companheiro nosso”, disse.
“O trabalhador tem razão de estar indignado e seu grito não será esquecido. Parabéns aos companheiros Paulinho e Bebeto”, foram as únicas palavras do ministro.
REFORMAS EM PAUTA
Em pauta, além da eleição da nova diretoria da Força Sindical, estiveram as reformas Trabalhista e Previdenciária, bem com outros assuntos de interesse dos trabalhadores.
Todas as autoridades presentes que fizeram sua saudação se colocaram contra as reformas, ressaltando a importância de seguir na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores.
“Precisamos buscar o diálogo, uma saída para enfrentarmos esta crise que faz com que os trabalhadores sofram, que a dona de casa sofra, assim como o recém-formado que não encontra emprego”, disse o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB).
Ele também desabafou sobre a verba insuficiente para o serviço público municipal, em especial para melhorar a remuneração para os servidores públicos.
A secretária da Mulher da Força, Maria Auxiliadora Santos, saudou os presentes, representando as mulheres trabalhadoras e sindicalistas. “Todas essas reformas prejudicam a todos, mas principalmente as mulheres brasileiras. Todas nós vamos ser ‘escravizadas’, e não podemos deixar isso acontecer. Viva o povo brasileiro”, disse.
João Batista, secretário dos Aposentados da Força, destacou que “neste momento difícil que o Brasil está passando, temos que conversar e decidir nestes três dias quais os rumos vamos seguir e o que devemos fazer para melhorar a vida dos trabalhadores e dos aposentados”.
“Este nosso congresso ocorre com um quadro politico adverso aos trabalhadores e sociedade brasileira. Estamos reconhecendo agora o pacto político que engendrou a interrupção da democracia brasileira e a ascensão ao poder de Temer, um acordo entre as elites brasileiras e o conservadorismo. O que eles querem com as reformas é um tipo de desenvolvimento econômico subalterno e a classe trabalhadora não pode deixar que isso aconteça”, frisou o deputado federal Bebeto.
“Tenho certeza de que vamos sair deste congresso mais fortalecidos do que chegamos, pois temos aqui lideranças sindicais de todos os 26 estados e Distrito Federal, pessoas que estão à frente da luta pelo Brasil a fora. Assim, espero que façamos um congresso unitário e muito proveitoso”, finalizou Paulinho, presidente da Força.