Órgão faz campanha para conscientizar a população devido ao grande número de trotes que prejudicam a prestação dos serviços.
Sirenes, olhares atentos dos populares e rapidez no atendimento, começa assim mais um dia do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Contagem. Pela manhã, a central do Samu no município recebeu uma chamada típica, um atropelamento na avenida João César de Oliveira. Um motorista atropelou uma senhora e fugiu. Para atender a ocorrência, uma Unidade de Suporte Básico (USB), com dois técnicos de enfermagem foi encaminhada até o local. Porém, devido à gravidade do acidente uma Unidade de Suporte Avançado (USA), com um médico e dois enfermeiros, foi acionada para fazer os primeiros socorros. A senhora foi encaminhada para o Hospital Municipal de Contagem, para exames.
Edson Gri, que acompanhou a ocorrência, é motorista do Samu há 14 anos, ele escolheu a profissão pelo desejo de ajudar. “Na minha profissão eu tento colaborar para salvar vidas”, disse. Perguntado se mudaria de profissão, após mais de uma década no ofício, Edson foi enfático. “Não. Eu continuaria no Samu”. No Samu Contagem trabalham cerca de 160 profissionais, sendo 40 médicos, 15 enfermeiros, 64 técnicos em enfermagem e 18 motoristas, entre outros trabalhadores.
O município conta com duas Unidades de Suporte Avançado (USA) e sete Unidades de Suporte Básico (USB), que fazem uma média de 1.500 atendimentos ao mês. Em junho desse ano, pela primeira vez na história, Contagem renovou 100% de suas viaturas do Samu.
Campanha contra Trote
Hudson Douglas Ferreira da Silva, diretor do Samu microrregião Contagem, fez um alerta, “mensalmente o Samu recebe cerca de 700 trotes, além de 90 recusas de acolhimento, ou seja, a ambulância vai até ao local e o usuário dispensa o atendimento. São números muitos expressivos, que causam transtornos aos prestadores de serviço e usuários”, disse.
Em média a central recebe 10 mil ligações por mês, por meio do número 192. As ligações resultam em atendimentos que englobam desde a prestação de informações pelo telefone, para os casos em que não há necessidade de envio da ambulância, e aqueles que requerem o envio do veículo. Com base nas informações coletadas pelo telefone, essa triagem é feita. No último trimestre, das demandas atendidas ao telefone 1.500 resultaram em deslocamento de uma ambulância.