Nos últimos meses o Ministério da Saúde tem chamado a atenção para a baixa procura de vacina contra sarampo e polio. A menos de um mês para o início da campanha nacional de vacinação contra as doenças, o Ministério da Saúde faz reforça o alerta e já anuncia a campanha de vacina.
De 6 a 31 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), juntamente com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e o Ministério da Saúde (MS), irá realizar a campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo. A campanha ocorrerá em todo o país, com a mobilização nacional do Dia D sendo realizada em 18 de agosto, um sábado. Em Contagem, as vacinas estão disponíveis em 51 salas de vacinação espalhadas por todo o município (clique AQUI e veja os endereços). As salas funcionam das 8h às 16h30.
O público-alvo desta campanha são as crianças de um ano a menos de cinco anos, que devem ser vacinadas contra poliomielite e sarampo. A meta do MS é de vacinar 95% desse grupo (crianças de 1 ano até 4 anos, 11 meses e 29 dias ) para ambas as doenças. De acordo com o MS, o objetivo é o de manter elevada a cobertura contra poliomielite nos municípios, bem como vacinar os menores de cinco anos de idade contra o sarampo e a rubéola, mantendo o estado de eliminação dessas doenças no país e evitando a manutenção ou formação de bolsões de não-vacinados.
Em Minas Gerais, ao mesmo tempo, também será feita a Campanha de Multivacinação, para a atualização do cartão de vacinas, com base no Calendário Nacional de Vacinação (clique AQUI para conferir o calendário).
A assessora da Central de Imunização da SMS, Fernanda Elisa Ferreira de Almeida, reforça o papel dos pais na persecução dessa meta: “Os pais e responsáveis, que são muito importantes para o processo de manutenção da eliminação dessas doenças, devem buscar os serviços de vacinação com suas as crianças, levando a caderneta de vacinação para avaliação e registro”.
Vacinação é importante para ações de erradicação dessas doenças
Conforme o MS afirma, o último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989. A poliomielite foi responsável por danos irreparáveis em milhares de crianças no mundo, e ações de prevenção e controle, em especial a vacinação, contribuíram para que em 1994 o Brasil recebesse da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas. Contudo, a doença permanece endêmica no Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Já em relação ao Sarampo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), casos têm sido reportados em várias partes do mundo, apesar dos esforços empreendidos desde o início do programa de eliminação da doença.
No Brasil, as campanhas contra poliomielite foram iniciadas em 1980, e as campanhas contra o sarampo, em 1995, com a vacinação de população-alvo específica que, na grande maioria das vezes, abrange as crianças de um a quatro anos de idade.
O MS afirma que a campanha contra poliomielite e o sarampo é uma oportunidade adicional para captar indivíduos não vacinados ou aqueles que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, minimizando o risco de adoecimento desses indivíduos.
Em Contagem, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divepi) da SMS, não são registrados casos confirmados de poliomielite ou sarampo desde o ano de 2001, data a partir da qual há dados disponíveis para consulta no banco de dados do MS.
Esquema vacinal da poliomielite (somente crianças):
– VIP (Vacina Inativada de Poliomielite) aos 2, 4 e 6 meses;
– reforços com VOP (Vacina Oral da Poliomielite) aos 15 meses e com 4 anos.
Esquema vacinal contra o sarampo:
– crianças: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses (a tetra viral) de idade;
– até os 29 anos: duas doses, podendo ser da tríplice ou tetra viral;
– dos 30 aos 49 anos: dose única, podendo ser da tríplice ou tetra viral.
Não devem receber a vacina:
– casos suspeitos de sarampo;
– gestantes, que devem esperar para serem vacinadas após o parto. A recomendação do MS para as mulheres que planejam engravidar é de que seja feito um exame de sangue para verificar se já estão imunes à doença. Se não estiverem, essas mulheres devem se vacinar um mês antes da gravidez;
– menores de 6 meses de idade;
– imunocomprometidos.
Atenção: a criança, o adolescente e o adulto até 29 anos de idade devem receber duas doses da vacina contra o sarampo. Se houve vacinação de 12 e 15 meses, não é preciso receber outras doses. Mas, se a pessoa recebeu só uma dose nesse período, é necessário atualizar a situação vacinal, seja na fase adolescente ou adulta. Para quem tem 30 a 49 anos de idade e não tomou nenhuma dose da vacina, é preciso receber uma dose única. Quem já tomou duas doses durante a vida, da tríplice ou da tetra, não precisa mais receber a vacina. A criança sem confirmação de qualquer dose deve receber duas doses, com intervalo mínimo de um mês. No caso dos adultos que não se lembram se já foram vacinados, se não há comprovação de vacinação nas faixas indicadas, também há necessidade de receberem a vacina. Quem comprovar a vacinação contra o sarampo conforme preconizado para sua faixa etária não precisa receber a vacina novamente. A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença.
A caderneta de vacinação é um documento pessoal muito importante e deve ser guardada por toda a vida!