Novas testemunhas serão ouvidas em inquérito sobre venda de mansão por sertanejo Eduardo Costa

Os depoimentos no inquérito em que o cantor sertanejo Eduardo Costa é suspeito de estelionato prosseguem nos próximos dias em Belo Horizonte. Nesta quinta-feira, dia 19, o delegado Vinícius Dias, da Polícia Civil, informou que mais três testemunhas serão ouvidas. A Polícia Civil investiga a venda de uma mansão no balneário de Escarpas do Lago, em Capitólio, no Sul de Minas, avaliada entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões.

A expectativa é que as testemunhas contribuam para esclarecer a negociação feita pelo cantor com um casal em troca de outra mansão avaliada em R$ 9 milhões na Região da Pampulha, na capital mineira. A diferença de valores foi paga com uma lancha, um carro de luxo e uma moto aquática.

O delegado afirma que o casal, ao tentar registrar o imóvel de Escarpas, de cerca de 4 mil metros quadrados, percebeu que ele era alvo de uma ação civil pública, em que o Ministério Público Federal (MPF) pedia a demolição parcial porque o terreno estaria em uma área de preservação permanente.

Os nomes foram preservados, porque, segundo o delegado, ele pediu sigilo do inquérito à Justiça para não atrapalhar a investigação. “São partes públicas e envolve valores altos. Se gerar publicidade excessiva pode desvirtuar a análise imparcial do procedimento”, explicou. Pelo mesmo motivo, o nome do casal envolvido na transação foi preservado pela polícia.

O sertanejo Eduardo Costa prestou depoimento, nesta quarta-feira, dia 18, no Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, em Belo Horizonte. De acordo com o delegado Vinícius Dias, o músico é suspeito de estelionato em um inquérito que investiga a venda de uma casa no balneário de Escarpas do Lago, em Capitólio, no Sul de Minas, avaliada entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões.

Após depor à polícia, Eduardo Costa conversou com os jornalistas e negou qualquer tipo de crime. Nesta quarta-feira, dia 18, Costa e o empresário foram ouvidos no Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, em Belo Horizonte.

O sertanejo afirmou que não agiu com má-fé. Segundo o cantor, o casal sabia que o terreno estava em área de preservação permanente, assim como ele também tinha conhecimento do fato quando adquiriu o imóvel. O artista afirmou, ainda, que toda a negociação foi feita com a presença dos advogados dele e também do casal. “A gente tomava café enquanto os advogados cuidavam do negócio”, afirmou na saída da oitiva.

Os novos depoimentos serão no mesmo local, em data não revelada. Corretores e advogados já haviam sido ouvidos no caso.

Edson Vander da Costa Batista, o Eduardo Costa, é natural de Belo Horizonte e lançou o primeiro CD da carreira solo na década de 1990. Com Leonardo, ele tem dois projetos: “Cabaré”, de 2014, e “Cabaré Night Club”, de 2016.

Investigação

De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em outubro de 2017. De acordo com o delegado, estão em fase de finalização e, até o momento, sem elementos para que o cantor seja indiciado.

“Não temos convicção do indiciamento. […] Vamos aguardar os procedimentos finais para saber qual será o roteiro final da investigação”, disse nesta quarta-feira na delegacia.

O crime de estelionato qualificado por alienação onerosa de bens em litígio tem pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Ainda segundo o delegado, caso fique comprovado ao final do inquérito que o casal sabia da situação imóvel, ele estará sujeito a sanções penais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *