Executivo Municipal exigiu renovação de metade da frota em 2019 e ampliação de serviços prestados aos usuários
A Prefeitura de Contagem informa que após negociações com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), com a participação do Conselho Municipal de Transportes, ficou definido o reajuste de cerca de 7% das passagens das linhas de ônibus municipais, menos da metade do que foi solicitado pelas empresas (17,17%).
De acordo com a administração, a partir de 0h01 desta quarta-feira, o valor cobrado para os passageiros será de R$ 4,50. Quem utiliza o Cartão Ótimo passará a pagar R$ 4,35. O último reajuste em Contagem foi em 2016.
O reajuste para R$ 4,35 no Cartão Ótimo somente foi concedido após as empresas firmarem os seguintes compromissos:
1- Renovação de 50% da frota em 2019 – a outra metade ocorrerá em 2020;
2- Instalação de GPS em todos os ônibus;
3- Conclusão, em 60 dias, de um aplicativo que permitirá ao passageiro verificar horário, itinerário das linhas, entre outros, e denunciar falhas na prestação de serviço, além de um site com informações para o usuário;
4- Instalação de Wi-Fi gratuito em todos os ônibus.
A Prefeitura, por meio da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (Transcon), ressalta que 73% dos 100 mil usuários, por dia, dos ônibus municipais, utilizam o Cartão Ótimo para pagamento da tarifa. A Transcon exigiu das empresas de ônibus a criação de postos itinerantes pela cidade para facilitar a confecção do Cartão Ótimo, que é oferecido gratuitamente.
A partir do segundo semestre, o pagamento da passagem também poderá ser pelo cartão de crédito. Quem optar pelo pagamento em dinheiro, a tarifa será R$ 4,50.
Sobre o retorno dos cobradores, a Prefeitura esclarece que a pauta foi debatida com as empresas. No entanto, dois pontos impedem o retorno destes profissionais em Contagem:
1- O fato de o novo modelo de transporte estar em licitação e a previsão da mudança de todo o sistema de bilhetagem em seis meses;
2- Com a extinção da função de cobrador, em 2016, os motoristas tiveram um adicional ao salário. O retorno dos cobradores acarretaria na diminuição
do salário dos motoristas ou um reajuste maior na tarifa.