Os moradores da Regional Sede se reuniram com a prefeita Marília Campos para discutir o futuro da atual UPA Sede, usada desde 2020 como unidade de internação de pacientes com Covid-19. Estiveram presentes também o vice-prefeito Ricardo Faria, os secretários de Saúde e Governo, Fabrício Simões e Pedro Amaral; o administrador da Regional Sede, Lindomar Diamantino; a vereadora Moara Saboia, os dirigentes do Conselho Municipal de Saúde de Contagem, representantes de distritos sanitários e sociedade civil.
O assunto começou a ser debatido no dia 21 de outubro, quando em um encontro com funcionários da UPA Sede foram apresentadas propostas: uma, de transformar o equipamento em um Centro de Atenção Psicossocial – Caps AD, dentro da estrutura da Rede de Atenção Psicossocial, totalmente reformado e adaptado; e outra, de reformar a UPA Sede e transformá-la em UBS, com atendimento estendido. Ambas ainda se encontram embrionárias e a Prefeitura avalia outras sugestões.
Devido à diminuição das taxas de internação e ocupação de leitos, a reunião foi a primeira de uma série que deverá ocorrer para debater a destinação do equipamento. “A UPA Sede, há dois anos, foi destinada para o tratamento de pacientes com Covid-19. Mas com os nossos índices estando a cada dia mais estáveis, os questionamentos em relação a este local têm crescido. Uma alternativa é colocar na UPA Sede um novo equipamento e essa solução será decidida após debatermos. O certo é que não fecharemos unidades. O que vamos fazer é dar a melhor destinação possível a cada uma delas, para melhor atender a população”, destacou a prefeita Marília Campos.
Possibilidades
Para o secretário Fabrício Simões, para que seja avaliada a melhor alternativa para a saúde em Contagem, três eixos estruturantes devem ser avaliados: recursos humanos, questões físicas do local e condições de trabalho do servidor. “Tivemos que adequar a falta de profissionais, com contratações de mais de 200 profissionais; e constantemente temos que avaliar a especificidade de cada unidade de saúde, seja a questão física ou de trabalho”, disse. “Temos que considerar que em um ano e seis meses sem a UPA Sede servir, de fato, como UPA, aqueles que lá eram atendidos foram realocados. Entendo que há um sentimento pessoal pelo lugar, mas o que precisamos ter em mente não é o que ele foi, mas o que será. Não trataremos do fechamento de unidade, mas de como vamos reabrir, para melhor atender a todos e todas”, concluiu.
Novas reuniões deverão ser marcadas para ouvir e debater com a população alternativas para a destinação da UPA Sede. Algumas das alternativas apresentadas pela população foi que a Prefeitura passe a utilizar outros espaços como UBS e voltasse a UPA a funcionar como antes da pandemia. A prefeita levantou, também, outras probabilidades, discutidas e sugeridas em reuniões anteriores. “Estamos ouvindo outras opções. Mas vamos construir essa decisão baseando em qual será o melhor serviço, o mais viável e o que podemos sustentar”, destacou Marília Campos.