Representantes da Secretaria de Defesa Social de Contagem, entre eles a secretária Viviane França e o comandante da Guarda Civil, Wedisson Luiz, se reuniram com representantes do Ministério Público de Minas Gerais – MPMG; das polícias Militar – PMMG e Civil – PCMG, e com representantes das empresas de telefonia Oi, Vivo e Claro, para traçar operações e discutir soluções para o furto e a comercialização ilegal de cabos de telefonia, que têm crescido vertiginosamente no município e em toda a Região Metropolitana.
As empresas expuseram a situação desse aumento dos furtos e os consequentes prejuízos financeiros e, sobretudo, os transtornos causados aos cidadãos, às empresas e aos equipamentos públicos com a interrupção ou queda na qualidade da prestação dos serviços.
Os representantes das forças de segurança e dos órgãos presentes relataram as ações que cada um desenvolve para enfrentar o problema.
Segundo o comandante da Guarda Civil de Contagem – GCC, Wedisson Luís, essa situação tem sido recorrente na cidade. “A guarda tem feito todos os esforços para monitorar e recuperar os produtos, com repercussão inclusive pela imprensa. Na última operação realizada, a GCC apreendeu 300 kg de cobre, dentre outros produtos. Entretanto, reconhecemos que é necessária uma operação integrada, especialmente, focada no receptador”, ponderou.
Para avançar no debate e buscar reduzir este tipo de situação criminosa, os participantes propuseram a criação de um Grupo de Trabalho – GT para coordenar as ações não somente das forças de segurança (com levantamento e compartilhamento de dados e informações), mas também de outros órgãos públicos e privados.
“Devemos considerar que o aumento dos furtos se dá em função da crise econômica e social que o Brasil atravessa, com o aumento do desemprego e redução do acesso das pessoas em situação de vulnerabilidade às políticas públicas. Por isso sugiro que as empresas envolvidas apoiem os programas sociais do município, considerando que a população em situação de rua aumentou em Contagem em decorrência da crise pandêmica e econômica. Acredito que o trabalho deve ser realizado desde a base do problema”, opinou a secretária municipal de Defesa Social, Viviane França.
Ela também acrescentou que “dado o impacto desses furtos, especialmente nos equipamentos e órgãos públicos como hospitais, postos de saúde, escolas, além de empresas e residências, a foi uma reunião necessária para integrar ações que serão desenvolvidas ao longo dos próximos meses”.