Contagem inaugura 1º meliponário urbano para fomentar à preservação ambiental

Foto Luci Sallum

Contagem deu início a um projeto pioneiro no município, com a inauguração do primeiro meliponário urbano. O parque Gentil Diniz foi o local escolhido para sediar esse projeto, que está sendo realizado em parceria com a Casa Joc Maria Floripes. O meliponário consiste em um conjunto de colmeias de abelhas sem ferrão de diversas espécies, como Jataí, Mandaçaia, Mirim Droryana e Iraí, em uma prática conhecida como meliponicultura, que tem como objetivo disseminar o manejo das abelhas nativas para auxiliar na polinização e na formação de corredores ecológicos.

Esse foi o primeiro de três meliponários previstos na cidade, por meio do projeto “Meliponário Urbano”, apoiado pela ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil) e pelo Instituto Viva Cidadania (IVC).
A meliponicultura difere-se da apicultura, porque nessa última são criadas abelhas com ferrão. Além disso, no caso do meliponário no Gentil Diniz, a produção de mel será limitada e destinada ao consumo das próprias abelhas.

Ele será utilizado como um museu vivo, onde os visitantes terão a oportunidade de observá-las em suas colmeias, e as escolas poderão participar de trilhas guiadas para aprender mais sobre esses polinizadores. Para homenagear uma importante personalidade da cultura e religiosidade afro-brasileira de Contagem, o meliponário recebeu o nome de Mãe Rita.

O projeto do meliponário urbano foi idealizado pelo professor Giovanni Climaco, um apaixonado por meliponicultura. De acordo com ele, a iniciativa surgiu após um de seus amigos, que também é fascinado por abelhas, lhe introduzir nesse universo. “Eu, enquanto professor de Geografia, entendi que era uma missão, uma maneira de melhorar e de levar um pouco mais de qualidade de vida para o meio urbano. Esperamos que esse projeto faça com que a polinização se torne uma realidade no município”, explicou.

Participaram da inauguração o diretor de recursos do IVC, Francisco Alves e Silva (Xixico), os diretores regionais da ANABB no estado, Eustáquio Guglielmelli (Taquinho) e Matheus Fraiha, o colega pós-98, Helberth Ávila, integrante do GAT 8, além de colegas da comunidade, funcionários do parque e participantes do projeto.

O projeto “Meliponário Urbano” busca a preservação da biodiversidade local, pois as abelhas são responsáveis pela polinização de aproximadamente 90% das espécies vegetais. Por isso, contou com o apoio da ANABB e do IVC, que assim como o Banco do Brasil, estão atuando em ações estratégicas para o fortalecimento da diversidade, da sustentabilidade e do meio ambiente.
A motivação é que a iniciativa sensibilize os governos municipais e transforme Minas Gerais no maior polinizador do Brasil. ” A ANABB e o IVC estão se consagrando como polinizadores de ideias comprometidas com o cuidado ambiental, a educação, a solidariedade, a empatia e toda a diversidade. O projeto atrai toda a população por despertar na sociedade a consciência ecossistêmica e a compreensão do funcionamento harmonioso da natureza”, destacou Chichico.

Regras de Visitação
As regras de visitação do local seguem as normas do parque, mas é preciso ficar atento a algumas orientações, entre elas, que os grupo para visitar o local devem ser de, no máximo, 10 pessoas por vez, para não gerar muito ruído. Também não é permitido tocar nas caixas das abelhas e provocar os bichinhos, já que isso pode ativar o instinto de defesa delas, que mesmo possuindo o ferrão atrofiado, mantêm o instinto.

Educação ambiental e Geração de Renda
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) pretende oferecer cursos regulares sobre o tema, tanto para novos criadores quanto para o público geral, interessados em conhecer essa forma de criação e de complementação de renda.

 

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