Comércios e serviços amargam o pior momento na pandemia do coronavírus

Foto Elias Ramos

A pandemia da Covid-19 atinge a economia brasileira como um todo, mas os setores de serviços e comércio têm sentido de maneira mais evidente que os demais os reflexos das restrições aplicadas em todo o país para conter o avanço do novo coronavírus. Em Minas Gerais, levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MG), feito em conjunto com a Fundação João Pinheiro, mostrou que o montante de perdas para ambos no estado, durante a chamada Onda Roxa implantada pelo governo Zema para tentar frear a doença – prevista para se encerrar no próximo domingo -, deve chegar a R$ 12 bilhões.

O estudo mostra também que os dois segmentos acumulam prejuízos diários de R$ 462 milhões no Estado e que as cerca de 203 mil empresas mineiras dedicadas a tais atividades tiveram que fechar, desde o início da crise sanitária, um total de 1.470.482 postos de trabalho, ao menos temporariamente.

De acordo com o presidente da FCDL-MG e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Contagem, Frank Sinatra, o caos será ainda maior se as empresas permanecerem impedidas de funcionar. “Os estabelecimentos trabalham seguindo todos os protocolos para evitar a transmissão da Covid-19 e estão sendo penalizados. É preciso ajuda dos governos com medidas de apoio às empresas”, afirma o dirigente.

Forte retração

O panorama de retração especificamente no setor de serviços, em Minas, consegue ser ainda mais terrível. Pesquisa do IHS Markit mostra que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, em inglês), que mede desempenho no segmento, registrou recuo pelo terceiro mês consecutivo no Brasil e muitas empresas deverão sucumbir, nos próximos meses, sobretudo se não houver aceleração do processo de vacinação contra a Covid-19, única esperança de retorno de uma relativa normalidade econômica.

Academias

Um segmento que vem sofrendo de maneira destacada com a crise sanitária o das academias para preparo físico. Com as instalações excluídas das atividades essenciais, os proprietários se veem às voltas com altos custos para manutenção, enquanto os alunos não podem frequentar as aulas – e até param de pagar mensalidades. Para se manter, algumas academias optaram por oferecer aulas on-line, revertendo em parte a queda de faturamento, que ultrapassou 30%. “Acredito que as empresas que vencerão a crise são as que conseguirem se conectar a seus clientes. Sem poder ter alunos dentro dos espaços, buscamos levar a academia até a casa de cada um”, destaca um empresário do setor.

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