Com o objetivo de oferecer à população mais opções de cultura, educação e lazer, a Prefeitura de Contagem executa a revitalização de importantes espaços públicos. Além da Casa de Cacos de Louça, foi entregue, recentemente, totalmente restaurado, o Museu Nair Mendes Moreira.
Iniciadas em maio, as intervenções de restauração da Casa de Cacos tem previsão de conclusão para maio de 2022. Para que a estrutura fique nova e segura, são realizados os serviços de restauro total do imóvel e suas peças. As obras preveem também a construção de um anexo, que terá área de convivência para os visitantes. Serão investidos R$ 2,4 milhões nas obras, financiadas pela Caixa Econômica Federal.
A idealização da obra começou em 2012, quando o Conselho Municipal de Cultura e do Patrimônio Ambiental e Cultural de Contagem (Compac) deliberou uma verba do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural (Fumpac) para a elaboração do projeto de restauro, que foi concluído em 2014.
O secretário de Obras e Serviços Urbanos, Marcos Túlio de Melo, explica que as obras de restauração de monumentos históricos e tombados são de extrema importância para a população. “Por meio da garantia de que esses edifícios serão mantidos e preservados, os munícipes passam a ter mais opções de lazer e aprendizado sobre a história de Contagem, o que contribui para que a cidade a recupere e construa a sua identidade”, afirmou.
Única no gênero
A Casa de Cacos é uma edificação considerada única do gênero no Brasil, construída com cacos de louças pelo geólogo aposentado Carlos Luiz de Almeida, a partir de 1963. Ele conseguiu a doação do terreno no bairro Bernardo Monteiro, que seria uma casa de campo para passar os finais de semana com a família.
Além da casa, móveis, objetos, utensílios, paredes, muros e até esculturas temáticas instaladas no quintal também foram revestidos de cacos. A casa ficou famosa em todo o Brasil, assim como o proprietário, que faleceu em 1989. Em 1993, o imóvel foi declarado de utilidade pública. Em abril de 2000, a casa foi tombada como patrimônio histórico funcionou como museu até 2005.
Desde então, como não houve intervenções significativas na casa, apenas limpeza, capina e troca de vidros, a situação estrutural da edificação se deteriorou consideravelmente. Em 27 de outubro de 2020, a Defesa Civil considerou o imóvel como de alto risco e solicitou a interdição e o isolamento do local em caráter emergencial, até que fosse realizada a manutenção.