A sétima edição de entrega do Prêmio Zumbi dos Palmares foi marcada pelo reconhecimento, resgate e notoriedade pública das pessoas e instituições que se destacaram por sua atuação no combate ao racismo e discriminação racial contra a população negra e na luta pela igualdade de direitos no município de Contagem.
A solenidade de premiação foi realizada na segunda-feira, dia 22, no auditório da Prefeitura de Contagem, com a presença do secretário de Direitos Humanos Marcelo Lino; a subsecretária de Direitos Humanos e Cidadania, Lorena Lemos; a presidenta do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Patrícia Pereira; o superintendente de Política para a Promoção da Igualdade Racial e vice-presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, João Carlos Pio de Souza.
O prêmio integra as ações do Programa Contagem na Década Afrodescendente e faz parte da programação do Novembro Negro, um período comemorativo e celebrativo do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, instituído pela Lei Federal nº 12.519/2011. Em Contagem, o dia 20 de novembro foi decretado feriado municipal pela Lei 4.701/2016.
Para o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino, a noite foi de celebração e reflexão do compromisso ético de cada um. “Hoje é um dia de celebração e resistência. Hoje, como pai de uma criança recém-chegada, renovo meu compromisso ético, com a história que começamos a construir, de uma educação na percepção do conhecimento de sua ancestralidade”, ressaltou.
Zumbi dos Palmares
O líder Zumbi dos Palmares, descendente de guerreiros angolanos, nasceu no quilombo por volta dos anos de 1665. O nome Zumbi significa “a força do espírito presente”, guerreiro, forte e valente que, juntamente ao seu povo, dominava as estratégias de guerra e defesa. Foi assim que Palmares resistiu por mais de cem anos aos ataques de bandeirantes e militares portugueses que tinham como objetivo derrotar a experiência da República Negra de Palmares. Zumbi, líder máximo do maior quilombo brasileiro é símbolo da resistência negra do Brasil no período colonial.
Prêmio
Ao todo 10 pessoas com atuações diversas foram homenageadas nas modalidades físicas e jurídicas. Confira a lista dos homenageados e homenageadas:
– Representando a Comunidade Espírita Neto de Bate Folhinhas, Sidney Bernardo Vieira e Bernardo Batista Silva de Oliveira;
– Representando o Projeto Social Donna Rosa, Leila Alves Xavier Catarina;
– Representando a Associação Guarda de Congo de Nossa Senhora do Rosário, Marcelo Ivo da Silva;
– O mestre de capoeira Tonhão, Luiz Antônio Soares Chaves;
– A professora e coreógrafa, Jéssica Márcia Rodrigues Generoso;
– O cantor, dançarino e gestor cultural Rubinho Mister Black, Rubens Teixeira Campos;
– O mestre em capoeira Jacaré, Eudes Douglas de Andrade;
– A professora e mestra em educação, Magda Antunes Martins;
– A Ekedy, Marlene Evangelista Moreira;
– O professor Alberto Araújo da Silva.