A partir de 1º de julho, a unidade de Contagem do Centro de Nefrologia do Hospital Evangélico de Belo Horizonte vai assumir 100% da demanda por hemodiálise da cidade. Para receber os 68 pacientes encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde em função de mudanças de fornecedor do serviço via Sistema Único de Saúde (SUS), será inaugurado um novo salão com 400 metros quadrados e 24 pontos. A obra conclui a primeira etapa de um projeto robusto de revitalização e ampliação das instalações, com aumento de 548 para 622 a capacidade de realização mensal do procedimento.
Até o momento, a Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (AEBMG) investiu cerca de R$ 1 milhão no projeto. A instituição que foi criada há 76 anos é mantenedora de 9 unidades de negócios de atendimento médico e hospitalar nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim e ocupa posição de liderança na oferta de serviços de hemodiálise via SUS no Estado, com mais de 3,1 mil pacientes mensais em quatro Centros de Nefrologia.
Demanda reprimida
Especificamente na unidade de Contagem, além dos pacientes locais, são atendidos também moradores de Ibirité e de Sarzedo, por meio do SUS, e há convênios com os municípios de Sabará, Santa Luzia, Brumadinho e Belo Horizonte. Cada pessoa faz três sessões semanais com duração de 4 horas/cada.
“Até o final deste ano, a AEBMG vai entregar o projeto concluído, com mais um salão com 450 metros quadrados e 44 pontos, o que vai aumentar a nossa estrutura de atendimento em mais de 73%, para 948 sessões de hemodiálise mensais”, ressalta a coordenadora da unidade Contagem, Cristina Ferreira.
A superintendente de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, Yara Santiago Souza destaca que a ampliação realizada pela AEBMG é de grande importância para a cidade, visto que existe uma demanda reprimida e algumas regiões do entorno se encontram estranguladas, sem capacidade de oferta do serviço. “Contagem terá condições de atender toda a demanda local e de auxiliar outros municípios da região metropolitana que têm dificuldade de vagas em terapia renal substitutiva. O serviço prestado é de grande qualidade e atende as necessidades do município”, frisa.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a doença renal crônica atinge um em cada 10 adultos. A terapia renal substitutiva, que pode ser a hemodiálise, é necessária quando os rins não conseguem mais realizar suas funções. Atualmente, o Brasil tem cerca de 144 mil pacientes que fazem esse tipo de tratamento e apenas 7% das cidades têm clínicas especializadas no procedimento que inclui serviços complementares como a confecção de fístula arteriovenosa ou com prótese e, ainda, implante dos cateteres de diálise peritoneal, de duplo-lúmen e trans-hepático, em bloco cirúrgico.