Por WANIA EMERICH BURMESTER – Mestre em Psicologia da Educação com ênfase na Ciência Cognitiva e Especialista Pedagógica do Sistema Positivo de Ensino
“Família é tudo!” Essa pequena frase diz muito. Família é a base, o princípio, mas também é o processo, o meio em todas as situações da vida do ser humano, em especial se falamos de crianças e adolescentes atípicos.
Na Educação Infantil, no início do ano, toda escola passa pelo “tão temido” período de adaptação. Aqueles dias intermináveis, em que as crianças choram para se desligar de suas mães/pais. Todos sofrem. A criança se sente abandonada, insegura, com medo. A família se sente culpada, insegura, angustiada. A escola também sofre… as professoras se sentem impotentes na tentativa insana de construção de vínculo. Mas esse período nos mostra muita coisa: As famílias que se mostram mais seguras de sua decisão, tem os filhos que param de chorar mais rápido. As famílias que confiam na escola, que estão com equilíbrio emocional transferem isso para seus filhos, em forma de tranquilidade, segurança e normalização.
A educação inclusiva caminha nessa linha, quando a família se sente acolhida, confiante de que esta é a melhor escolha, tranquila com as informações e estrutura pedagógica apresentadas e percebem que a escola está recebendo seu filho de braços abertos, esse sentimento também é transferido para a criança/adolescente.
Se uma criança da Educação Infantil se sente insegura em iniciar a vida escolar, imaginem uma criança atípica (de qualquer idade)?
Não basta estudar, saber os melhores recursos adaptativos, elaborar um excelente PEI, se não conquistarmos a confiança da família.
Por outro lado, existe o esforço do lado da família também, que, por vezes, tem a sensação de que só eles sabem o que é melhor para seu filho e, com isso, cobram da escola alguns resultados antes da hora, vínculos em tempo recorde, documentações pedagógicas, quando a professora ainda está conhecendo a criança/adolescente.
Para que haja harmonia e contribuição positiva no desenvolvimento do aluno, é necessário que família e escola estabeleçam confiança mútua, parceria, colaboração e criem laços. Esse é o melhor e mais curto caminho para a aprendizagem, socialização e brilho nos olhos das nossas crianças!!!
(*)Luzedna Glece
Diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.