FIEMG divulga balanço de 2017 e expectativas para o ano que vem

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A FIEMG estima que a economia mineira e brasileira crescerá 2,6% no ano que vem.  Os indicadores de atividade econômica vêm confirmando o fim da recessão. O dado foi divulgado no dia 21/12 no Balanço Anual e Perspectivas da entidade. “Com todas as dificuldades podemos comemorar porque achávamos que 2017 seria pior. É um ano em que a indústria começa a dar sinais de crescimento tênues, mas positivos, mesmo se comparado com uma base pior”, diz o presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior.

Ele defendeu as reformas, principalmente a da Previdência, para impulsionar o desenvolvimento da economia. “Precisamos equalizar a situação fiscal do País e do Estado, condição fundamental para ampliar a atração de investimentos. A Reforma da Previdência é essencial. Tivemos a chance de fazê-la nesse ano e postergamos para fevereiro do ano que vem. Acredito que faltam esclarecimentos para a população sobre a necessidade dela”, afirma.

A perspectiva de crescimento para 2017 também vem sinalizando que a crise econômica está sendo atenuada. A expectativa para o PIB de Minas para esse ano é de 0,6%, e para a indústria, acima de 1,9%. “Percebemos uma disseminação de indicadores positivos em vários setores como, por exemplo, da indústria automotiva, que em Minas Gerais já está produzindo em terceiro turno, da extrativa mineral, de alimentos, de máquinas e equipamentos e de metalurgia. Só esses setores são mais de 60% da estrutura produtiva do Estado”, diz o economista chefe da FIEMG, Guilherme Veloso Leão.

Em relação aos empregos, em Minas Gerais o saldo (contratações menos demissões) é positivo em mais de 60 mil postos de trabalho. E no Brasil esse número supera mais de 250 mil postos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Esse ano também foi bom para o Brasil em termos de exportações, com um cenário externo benigno. “Esse foi um dos fatores que ajudou o país a sair da crise. Isso decorre principalmente do fato de que o mundo vem apresentando uma taxa de crescimento bem maior, o que favorece o Brasil”, diz.

Leão destacou a retomada do tripé macroeconômico como plataforma de crescimento. “A política fiscal, que pareceu dura em um primeiro momento, teve repercussão favorável na economia. A inflação entrou em um processo de queda muito forte, permitindo reduzir a taxa de juros mais rápido que o esperado. Isso teve um impacto relevante no consumo da população com ganho de renda real. Aumentou a confiança na economia e o empresário começa a repensar decisões de investimentos”, explica.

A equipe econômica também destacou a necessidade de solucionar os problemas estruturais ainda não equacionados: insegurança jurídica, elevada carga tributária, déficits de infraestrutura, elevados custos produtivos e logísticos e problemas fiscais estruturais. “A solução desses problemas e a elevação da taxa de investimento dos atuais 16% para 27%”.

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