Marcos Antunes Trigueiro, conhecido como “maníaco de Contagem”, foi condenado nesta quarta-feira (7) a 30 anos e cinco meses de prisão pelo estupro, homicídio e ocultação de cadáver da comerciante Adna Feitor Porto, além de furto. Esta é a quinta condenação de Trigueiro.
O julgamento do crime ocorrido em 2009 foi em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e começou por volta das 9h. O réu, que está preso de 2010, chegou escoltado por uma equipe do sistema prisional. No início do júri, ele não quis se defender das acusações diante dos sete jurados.
O júri durou aproximadamente 7h. Ele teve início por volta das 9h e por volta das 16h, o juiz José Honório de Rezende, leu a sentença. O júri, composto por quatro homens e três mulheres, aceitou todas as qualificadoras – motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e tentativa de garantir a impunidade de crime anterior (matar para ocultar o estupro).
O assassinato de Adina é considerado o primeiro crime do Maníaco de Contagem. Consta na denúncia que Trigueiro abordou a vítima no Bairro Lindéia, na Região do Barreiro, quando ela estava em um carro. Simulando um assalto, ele obrigou a comerciante a dirigir até Sarzedo. Lá, foi estuprada e estrangulada. Em seguida, o acusado escondeu o corpo e dirigiu o carro dela até Contagem, onde abandonou o veículo e fugiu.
O corpo de Adina foi encontrado em 27 de janeiro de 2009, já em estado avançado de decomposição. Foi preciso fazer exames de impressão digital para identificá-la.
Por causa deste crime, Marcos Trigueiro foi denunciado por homicídio qualificado, por constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou grave apeaça e por furto, com agravante de reincidência. As qualificadoras são por motivo torpe, por meio insidioso ou cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e apara assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.
Esta foi a quinta condenação de Trigueiro. Todas somadas já são 161 anos de prisão contra o Maníaco de Contagem. Ele já foi sentenciado a 34 anos e 11 meses de prisão pelo estupro e morte de Ana Carolina Menezes, atacada no Bairro Alto dos Pinheiros; a 28 anos pelo estupro e morte de Maria Helena Lopes Aguilar, de 48 anos, crime cometido no Bairro Califórnia, Região Noroeste de BH; a 36 anos e nove meses de reclusão em regime fechado pelo estupro, assassinato e furto do celular de Edna Cordeiro de Oliveira Freitas, de 35 anos; e a 31 anos, oito meses e 10 dias de prisão pelo estupro e morte de Natália Cristina de Almeida Paiva, de 27 anos.