No CIEMG, presidente eleito da FIEMG convida para o trabalho participativo

Momento crítico exige estratégia para mostrar à sociedade a importância da indústria Foto Divulgação

“A indústria é o primeiro setor a sofrer o impacto de todos os problemas vividos pela sociedade, da qual faz parte, e é preciso assumir o papel de defensores de suas demandas”, anunciou o presidente eleito da FIEMG, Flávio Roscoe, em reunião com diretores, associados e empresários convidados, na segunda-feira, 07 de maio, no auditório do CIEMG.

A partir de sua importância no cenário nacional, é imprescindível estabelecer novas estratégias para se comunicar com a sociedade e para uma nova maneira de comunicação e de abordagem também com órgãos públicos, além do legislativo federal e estadual.

Essas são algumas das propostas anunciadas pelo presidente que tomará posse no próximo dia 24 de maio. Segundo a norma da entidade, no próximo dia 28, será eleita também a nova diretoria do CIEMG e, entre os eleitos, “de acordo com prerrogativa institucional, escolherei o presidente”,  explicou Roscoe, sobre o processo.

“Foram anos de muito trabalho e dedicação e estaremos sempre juntos nessa missão de fortalecer o setor”, disse o presidente do CIEMG, José Agostinho da Silveira Neto, ao abrir a reunião de trabalho. Na ocasião, agradeceu a dedicação de todos envolvidos nesse trabalho e destacou a oportunidade e importância desse encontro de novas lideranças. “Conseguimos ampliar nossa participação em todo o estado, contribuindo para que todos, e especialmente os pequenos e médios empresários, se mantenham atualizados sobre o sistema de produção, para que administrem suas empresas para que cresçam cada vez mais para gerar mais empregos e renda”, disse José Agostinho.

A importância do consenso, de valorização da união, de alinhamento das ideias e princípios com a sociedade, pelos quais a chapa foi escolhida, foi um dos destaques do vice-presidente eleito da FIEMG, Teodomiro Diniz Camargos. “Contamos com a participação de todos e, principalmente, no engajamento, na hora de mudanças, alinhadas às estratégias que serão desenhadas de forma consensual”, disse.

“O chamado aqui é para o trabalho participativo, para conseguir grandes mudanças, mas sozinho não conseguirei fazer nada”, disse Flávio Roscoe, ao apresentar seu plano de ação. “Foi omissão nossa, deixar chegar a esse nível as dificuldades impostas ao empresário”, admitiu. “Estão aí o Bloco K e o eSocial e a grande questão é: vai melhorar para as empresas?”. Esse foi apenas um exemplo, entre os muitos problemas por ele citados, entre as conhecidas questões tributárias, custos da produção, prazos e exigências ambientais vividas pelo setor.

DEMANDAS DA SOCIEDADE

A indústria é o primeiro setor a sofrer o impacto de todos os problemas vividos pela sociedade, “da qual somos parte e devemos assumir esse papel de defensores de suas demandas” ressaltou o presidente eleito, ao citar, entre outras grandes questões, a insegurança pública e a precariedade da infraestrutura instalada.  “A sociedade precisa saber a dimensão do impacto da atividade na vida de cada um. Questões que afligem a sociedade, como, por exemplo, o exagerado tamanho do Estado arrecadador, que precisa ser reduzido, têm que ser entendidas por todos”, avaliou.

Sobre essa proposta, Roscoe citou um exemplo clássico vivido pelas indústrias: são anos para se conseguir uma licença ambiental, o que leva à demora na oferta de vagas de trabalho e na geração de renda, entre outros tantos prejuízos para a sociedade. “São mudanças que podem ser implementadas, ao atuar ao mesmo tempo com a sociedade”, afirmou.

AMBIENTE DE NEGÓCIOS

Para Cássio Braga, diretor do CIEMG, é preciso liberar o setor produtivo das amarras e mostrar a verdade à sociedade sobre a imagem negativa construída sobre os empresários do setor, alguns considerados corruptos. Ele reforça a importância de mudar o alvo do diálogo, mobilizar a sociedade e mostrar a força dos industriais. Martha Lassance, vice-diretora do CIEMG, reforçou que deve-se valorizar o que foi conquistado até agora e não deixar para outras gerações a responsabilidade de resgatar o que foi perdido.

De acordo com o presidente eleito, o CIEMG, importante braço institucional do Sistema FIEMG terá uma visão de longo prazo, de estratégia mais aguerrida, como porta-voz das mudanças. Ele identificou como um desafio para todos e para a FIEMG, “a identificação e preparação de novas lideranças”. Segundo o industrial, “Como líderes que somos, é nossa responsabilidade abrir espaço para os novos”, disse.

Flávio Roscoe considera que a construção de um novo ambiente de negócios depende de continuidade na formação da juventude para liderar. É muito importante que a nova geração de industriais participem desse projeto, ressaltou. E deixou o convite: “tragam seus filhos”.

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