Construir um ambiente de negócios competitivo para a indústria mineira. Esse será o grande desafio do novo presidente da FIEMG, Flávio Roscoe Nogueira. Será também sua principal bandeira no comando da entidade que representa 139 sindicatos e 64 mil indústrias no estado e que terá, segundo Roscoe, foco ampliado na defesa de interesses do setor. “Vamos nos dedicar 24 horas por dia, 365 dias por ano, para construir um ambiente de negócios que nos permita concorrer e conquistar mercados no Brasil e no mundo”, garantiu o empresário em seu discurso de posse, no dia 24/5, durante a cerimônia que marcou o início da nova gestão e a comemoração do Dia da Indústria 2018, na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte.
A estratégia do dirigente à frente da entidade mineira passará por buscar o apoio da sociedade na luta contra os problemas que impedem o desenvolvimento do setor produtivo no país.
Na presença do presidente da República, Michel Temer, ele defendeu que o governo deve apoiar o setor produtivo, implementando reformas estruturais urgentes para o crescimento, a exemplo da nova legislação trabalhista e do controle de gastos públicos, já em vigor. “Não dá para discutir mudança tributária sem antes debater o tamanho do Estado. O Estado brasileiro é caro, grande e ineficiente. Esta é a reforma principal que deve ser executada no país. A sociedade precisa ser maior do que o Estado, que deve atender as necessidades do setor produtivo e da população. Vamos trabalhar em todos os fóruns, sobretudo no Legislativo, para construir leis vocacionadas ao crescimento econômico”, destacou.
Industrial do setor têxtil, dirigente da FIEMG há 16 anos e presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindimalhas), Flávio Roscoe defendeu ainda o fortalecimento do sistema cooperativo de crédito como solução para “o oligopólio do sistema financeiro”. Ele criticou os impactos das exigências impostas pelo Bloco K (controle de produção e estoque em versão digital que entrou em vigor em janeiro deste ano) e pelo E-social sobre as empresas. “São medidas que aumentam a burocracia em um nível absurdo e que ameaçam a propriedade industrial”, destacou, pedindo que sejam revistas pelo governo.