O nível elevado de gordura no sangue provoca índices de colesterol (LDL) acima do recomendável, o ideal é abaixo de 50mg/dL, o que pode desencadear várias e sérias doenças, como risco maior de 50% para infarto e 25% para derrame. Além disso, 40% dos brasileiros têm colesterol elevado, de acordo com o Ministério da Saúde.
O colesterol é uma gordura que contribui para o funcionamento do corpo. Entretanto, há dois tipos de colesterol no organismo que devem ser monitorados: o LDL e HDL. O LDL, conhecido como colesterol ruim, causa o acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos, que pode levar aos eventos cardiovasculares e mesmo mortalidade cardiovascular.
Por outro lado, o HDL, conhecido como colesterol bom, tem a função de retirar o colesterol ruim da corrente sanguínea e levá-lo para o fígado, onde é metabolizado e eliminado do organismo.
“A única forma de saber se alguém tem colesterol é por meio do exame de sangue. Com ele, é possível medir o colesterol total e suas frações, ou seja, o bom e o ruim, na corrente sanguínea. Se o colesterol total (CT) for superior a 190 mg/dL é preciso ficar atento aos riscos”, explica o médico e professor de endocrinologia da Universidade Federal de Pernambuco, Dr. Ruy Lyra.
Estatina
O mercado brasileiro comercializa essa inovadora estatina para tratamento de doenças do coração: a pitavastatina. “As estatinas inibem a produção de colesterol no fígado (a maior fonte de colesterol no organismo) e aumentam a remoção do colesterol ruim do sangue pelo fígado, diminuindo o colesterol total. Também ajudam a reduzir o teor de gordura no sangue, além de melhorar a elasticidade das artérias”, explica Dr. Ruy.
Segundo o especialista, entre elas, a pitavastatina é a mais recente estatina no mercado, possuindo benefícios adicionais como a não interferência na glicemia (níveis de açúcar no sangue). Essa característica da pitavastatina faz com que ela tenha potencial para ser utilizada, dentre outros, por pacientes pré-diabéticos e diabéticos. “Ela também não interfere no efeito dos coquetéis retrovirais, podendo ser utilizada por pacientes com HIV. Essas são características essenciais para esses grupos de pacientes, embora todos os pacientes com altos níveis de colesterol possam utilizar esse tipo de estatina”, explica o endocrinologista.
Metabolismo
Expressiva parcela da população sofre de Síndrome Metabólica, conjunto de fatores de risco que se manifestam no indivíduo e aumentam as chances do desenvolvimento de doenças cardíacas, dentre esses a obesidade central (circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem), dislipidemia, hipertensão arterial e glicemia alterada ou mesmo diabetes tipo 2.
De acordo com o professor da Universidade Federal de Pernambuco, as principais razões que levam as pessoas a terem altos níveis de colesterol ruim são: fatores genéticos, diabetes, fumo, estar acima do peso e sedentarismo. Portanto, a melhor forma de prevenir o colesterol alto é ter, primeiramente, uma alimentação saudável. “Muitas frutas, legumes frescos, bem como alimentos com baixo teor de gordura e ricos em fibra devem fazer parte das refeições diárias. Importante evitar o consumo de frituras, carnes gordurosas e moderar o consumo de bebidas alcoólicas. Com a dieta saudável em dia, atividade física é essencial para o funcionamento do organismo como um todo. E, fica o alerta: não fume”, orienta o médico endocrinologista.