A proposta do Governo Federal de privatizar diversas estatais e autarquias Brasil afora é um atentado contra a soberania dos brasileiros e um ataque à economia nacional. Assim como o Governo do Estado de Minas Gerais, que tenta, a todo custo, privatizar empresas como a Cemig, um patrimônio dos mineiros que, apenas no segundo trimestre de 2019, registrou lucro líquido de R$ 2,114 bilhões. É incompreensível e, até mesmo, inaceitável permitir a privatização de empresas lucrativas e que cumprem uma função social tão importante.
Na mesma medida, agora, o Governo Federal propõe privatizar empresas como a Ceasa, CBTU e Correios, que também exercem função social essencial para o dia a dia dos brasileiros e, sobretudo, dos mineiros. A classe trabalhadora, que mais necessita dos serviços, seria a mais prejudicada.
No caso das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), uma empresa que democratiza a concorrência e a oferta de produtos com boa qualidade e baixo custo, a privatização representaria uma elevação dos gastos para os comerciantes e dos preços para os consumidores finais. Haveria um impacto negativo na economia de Contagem e de Minas, prejudicando, sobretudo, os camponeses, pequenos agricultores e agricultores familiares.
Para se ter uma noção do quanto o serviço da Ceasa impacta nossa economia positivamente, quando foi implantada, em 1971, provocou uma redução de 43% no valor da cesta básica. Os milhares de empregos que seriam extintos com a privatização acarretariam muitas falências, maior êxodo rural para grandes cidades, acentuando a crise na saúde, educação e moradia.
“A Ceasa está no nosso coração, no nosso dia a dia. É um fomento de trabalho para milhares de pessoas, os que lá trabalham e os que produzem para abastecer a Ceasa. A Ceasa é nossa! Nós, vereadores desta Casa, temos que ser a trincheira junto a um movimento, vigoroso, de nossa cidade para impedir que a Ceasa passe pra mão da agiotagem e dos interesses do capital”, conclamou o vereador Dr Rubens Campos aos colegas parlamentares da Câmara Municipal.