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Coluna da Educação – 05.01.2025 – Por que escolas precisam ter educação financeira?
Por Luzedna Glece(*)
Mais de 40% da população adulta brasileira está endividada, de acordo com o Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgado em outubro. E, embora fatores como os juros altos estejam envolvidos nesse cenário, também é verdade que muitas pessoas chegam à idade adulta sem saber ao certo como lidar com o dinheiro de uma maneira saudável, o que pode causar endividamento.
Uma das saídas para esse problema pode ser a oferta de uma educação financeira de qualidade nas escolas brasileiras. Assim, as crianças podem aprender desde cedo conceitos como planejamento, consumo consciente, cidadania, poupança e organização financeira. De acordo com a editora de Matemática da Aprende Brasil Educação, Janile Oliveira, as noções passadas durante essas aulas contribuem para que as crianças comecem a ter um senso de responsabilidade e organização desde cedo. “Muitas pessoas chegam à idade adulta sem saber como se organizar com o dinheiro, quanto guardar, como guardar ou até como planejar objetivos de longo prazo. Aprender sobre isso na escola ajuda para que isso não aconteça e para que as crianças se tornem adultos mais seguros em relação ao bom uso do dinheiro”, afirma.
Desigualdade deve estimular práticas de educação financeira
Os altos níveis de endividamento dos brasileiros são reflexo de uma realidade nacional: a desigualdade. Boa parte dos endividados não está nessa situação de propósito, mas porque ganha pouco e não consegue organizar as próprias finanças.
Em um país como o Brasil, que tem um dos maiores índices de desigualdade social do mundo, esses conhecimentos são ainda mais valiosos. “Como temos uma parcela da população que não tem uma renda alta, é fundamental que essas pessoas tenham noções de educação financeira para que consigam otimizar o dinheiro que ganham”, pontua a especialista. Trata-se de trabalhar com a realidade que se apresenta e planejar todos os objetivos para evitar sustos, além da proposta de educar para diminuir o abismo social.
Escola tem papel fundamental
“É muito importante lembrarmos que educação financeira é um assunto muito recente. Então a maior parte das famílias ainda não está preparada para ensinar as crianças a lidar com o dinheiro porque os próprios pais ainda não sabem como fazer isso. Daí o papel fundamental da escola”, destaca Janile.
Ela lembra que os bons hábitos que começam na infância podem, inclusive, influenciar positivamente a rotina familiar. “Em muitos casos, é a criança que funciona como uma porta de entrada para que a conscientização financeira atinja os pais e responsáveis, porque ela aprende na escola e acaba levando esse conhecimento para casa”, complementa.
Sobre a Colunista
(*)Luzedna Glece é diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.
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Coluna da Educação – 22.12.2024 – Escola de tempo integral: como funciona na prática
Por Luzedna Glece(*)
Como nos países de economia e intelectualidade avançadas, aqui no Brasil a procura para o Sistema Integral de Ensino tem se tornado cada vez maior. Mas, torna-se fundamental a importância de esclarecer o que é Escola de Tempo Integral e Escola Integral, bem como, a diferença entre elas.
Vale ressaltar que a flexibilização do currículo escolar, a interdisciplinaridade e a ampliação do tempo de permanência de aprendizes nas escolas têm sido objetos de grande debate no Brasil e em vários outros países. Aqui no Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por exemplo, incentiva o constante diálogo entre componentes curriculares e destaca a Lei nº 13.415, de 2017, que promulga políticas de implementação da Educação em tempo integral voltada para os três anos do Ensino Médio.
Em consonância, no dia 2 de julho de 2023 foi aprovado um projeto de lei que dá origem ao programa Escola em Tempo Integral. O objetivo, de acordo com o texto a ser aferido no Senado Federal, é ampliar a oferta de instituições com esse paradigma pedagógico.
Mas, afinal, quais são alguns dos princípios que regem a Educação em tempo integral? Vejam bem, estamos falando de Educação de tempo Integral. Vamos compreender melhor: em que consistem as escolas em tempo integral; seus principais objetivos; a diferença entre Educação Integral e Educação em Tempo Integral; a carga horária que caracteriza o ensino em tempo integral; e meios de implementar o ensino em tempo integral na prática em sua escola.
Atenção às particularidades e diferenças entre as duas modalidades
– O que é uma escola em tempo integral?
A escola em tempo integral não deve somente ampliar o tempo de permanência de estudantes no ambiente escolar. Mas também integrar e objetivar a socialização gerando atividades que visem à formação cidadã e à socialização por meio de práticas pedagógicas reflexivas sobre tarefas do dia a dia. Importantíssimo dizer que as atividades relacionadas à cultura, à arte, ao lazer, à organização coletiva, à tomada de decisões, são potencializadas garantindo a qualidade desse tipo de ensino. Contratar bons professores, conversar com a comunidade escolar e planejar bem a infraestrutura são ações importantes para a gestão escolar.
Qual é o principal objetivo da escola de tempo integral?
Com certeza a formação plena e cidadã dos estudantes, por intermédio de atividades dos mais variados campos do conhecimento, onde as instituições que aderem a essas práticas podem incentivar a criação de laços afetivos. Além disso, podem estimular o desenvolvimento de aspectos cognitivos de crianças e adolescentes, ampliar o repertório sócio-cultural, conhecimentos literários, matemáticos, musicais, ecológicos, esportivos e artísticos são, assim, construídos em diálogo para além do cronograma da sala de aula tradicional.
Qual a diferença entre uma Educação Integral e uma Educação em Tempo Integral?
Você pode estar se perguntando se Educação Integral e Educação em Tempo Integral são a mesma coisa, já que as expressões são parecidas.
Contudo, a Educação em Tempo Integral tem como particularidade a carga horária estendida, geralmente contemplada em dois turnos por dia letivo. Algumas escolas têm aulas obrigatórias de manhã e oferecem projetos diversos no contraturno da tarde.
A Educação Integral inclui não só o aprendizado intelectual, mas também o desenvolvimento emocional e a diversidade de conhecimentos, culturas e identidades. Trata-se, portanto, de uma visão de ensino e aprendizagem que reconhece a escola em seu potencial democrático e acolhedor.
Finalizo, convidando a todos os pais a se inteirarem melhor sobre essas modalidades e práticas educacionais, que vem crescendo cada vez mais. Objetivos das famílias e das instituições devem conciliar formando uma proposta única. Afinal, família e escola devem sempre estarem em um mesmo voo.
Sobre a Colunista
(*)Luzedna Glece é diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.