COLUNA EDUCAÇÃO – 08.09.2024 – Inteligência artificial

O tema dessa semana é INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL! Tema muito estudado por todos os segmentos sociais! Divido com vocês um texto de Carlota Boto, que achei muito interessante. Vamos juntos colher opiniões e conteúdos sobre esse polêmico tema. Abaixo, segue o conteúdo da educadora.

Uso de IA nas escolas automatiza aprendizagem e impede a liberdade criativa dos alunos

Por Carlota Boto – Jornal da USP

A especialista explica que é terminantemente contra a implementação desse projeto e afirma que não observa benefícios no uso das inteligências artificiais no ensino público. Ela conta que essas ferramentas podem causar um efeito negativo no aprendizado dos estudantes, já que, muitas vezes, elas não articulam os dados de maneira coerente e podem divulgar inclusive informações equivocadas sem a devida checagem.

Segundo a diretora, cada disciplina do ensino básico possui um modo de existir que corresponde a um acervo cultural historicamente acumulado e essa lógica, que é intrínseca à construção da disciplina, constitui um corpo que não será redesenhado pela tecnologia artificial. Por isso, segundo ela, a produção de aulas precisa ser realizada por pessoas físicas e, de preferência, por professores.

“A rede de ensino deve ter um currículo, mas a organização de cada aula é tarefa do professor. Para isso, deve haver investimento na formação desse profissional e ele precisa ser bem pago, porque é dele a tarefa de transformação do currículo na proposição didática de uma aula”, conta.

Processo automatizado

De acordo com Carlota, o uso das ferramentas de IA nas aulas pode automatizar o ensino e desconsiderar os processos críticos e criativos envolvidos na aprendizagem, tanto do professor quanto do estudante. Ela reforça a importância da construção de um currículo que permita o processo de debates e diálogos dentro das salas de aula, a fim de que a formação do jovem seja acrescida da possibilidade de analisar e construir pensamentos críticos sobre variados assuntos.

“É preciso ter cautela para que essa inteligência artificial não se transforme em um Oráculo de Delfos, através do qual você busca irracionalmente qualquer conteúdo como se esse conteúdo não fosse passível de ser criticado, revisto e refutado. É preciso que haja muita precaução, porque a aula é algo sério e que precisa ser preparada por um professor”, discorre.

Como explica, a escola moderna foi firmada e se estruturou no Ocidente a partir da expansão da cultura letrada e da tipografia, acompanhadas do surgimento dos livros. Ela afirma que esse modelo de escola precisa ser preservado a partir do momento em que é parcialmente substituído pela cultura digital. “É preciso que essa análise seja feita nas universidades e redes públicas com os professores em sala de aula dialogando e estabelecendo critérios para confluir essa transposição didática dos conteúdos digitais para a ação docente. Isso é uma coisa que só os professores podem fazer, não vir da Secretaria de Educação e muito menos ser um decalque da inteligência artificial”.

Emprego dos professores

Conforme a diretora, o uso das inteligências artificiais, assim como em várias outras profissões, pode representar um risco grave aos professores, os quais podem se tornar figuras descartáveis nas escolas, caso comecem a surgir demissões e afastamento de profissionais de suas funções. Ela, contudo, reforça que todas as novas tecnologias podem ser úteis, desde que sejam usadas conscientemente e aliadas ao trabalho dos professores.

Carlota diz que a escola moderna surgiu com a cultura impressa, que foi responsável pela construção de um acervo cultural que a escola transmite desde o século 16. Ela esclarece que os profissionais da educação precisam se valer da educação digital de uma maneira criativa e organizada para não se distanciar dos benefícios que a cultura impressa trouxe. “Não adianta pensar em alfabetizar uma criança via computador se não alfabetizarmos essa criança no caderno, se não alfabetizamos essa criança com a ajuda do livro. Então, a cultura digital pode ser uma aliada, mas ela precisa ser uma aliada inteligente”, aponta.

(*)Luzedna Glece

Diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.

COLUNA EDUCAÇÃO – 01.09.2024 – Como identificar atraso no desenvolvimento do meu filho?

“Atraso motor, de fala e ausência de habilidades sociais são sinais de que a criança pode ter algum comprometimento neurológico”

Uma criança que vive com vários “roxos” espalhados pelo corpo e tem comportamentos como esbarrar nos móveis da casa e não andar corretamente requer maior atenção dos pais. Essas situações podem refletir um atraso motor relacionado a uma condição neurológica do pequeno, principalmente se também houver dificuldade de fala e de habilidade social. Uma dúvida que surge para muitos pais é sobre como identificar que o filho está “atrasado”?

Existem prazos para que bebês e crianças desenvolvam determinadas habilidades, como falar, andar, sentar, alcançar maior coordenação motora e habilidade social. O neurocirurgião pediátrico Dr. Alexandre Canheu explica que os limites variam.

“Há uma média de tempo estabelecida para cada situação, os pais devem estar atentos e acompanhar de perto para que caso o limite seja extrapolado, levem o filho a um médico. Existem condições que um bebê pode já nascer com elas e afetam diretamente o desenvolvimento neurológico, um exemplo disso é a cranioestenose, uma malformação no crânio que promove o fechamento das suturas de forma precoce, isso faz com que o cérebro do pequeno não tenha espaço para se desenvolver, e o ideal é que o problema seja identificado o quanto antes para que a cirurgia, neste caso, seja feita antes do 6 meses de vida e não deixar sequelas irreparáveis”.

Neste ano uma cartilha com os principais marcos do desenvolvimento infantil desenvolvida pela Centers of Disease Control and Prevention foi traduzida pela Sociedade Brasileira de Pediatria em parceria com a Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP). O documento prevê que aos dois meses bebê deve manter a cabeça erguida enquanto fica de bruços, reagir a sons altos e mover os dois braços e pernas. Aos nove meses, ele deve olhar quando é chamado pelo nome e levantar os braços para ser pego. Aos 15 meses é comum que o pequeno comece a dizer uma ou duas outras palavras além de “mama” (mãe) e “auau” (cachorro), por exemplo, e dar alguns passos. Aos 30 meses a criança fala cerca de 50 palavras, brinca com outras crianças ou ao lado delas. Já aos 3 anos, o pequeno consegue falar de forma suficiente para que os outros entendam, e desenha é capaz de desenhar círculos quando é pedido.

As doenças neurológicas afetam o cérebro, a medula espinhal e o sistema nervoso. A causa pode estar relacionada a genética ou problemas no parto, tendo a prematuridade como um dos motivos mais comuns. Em crianças mais velhas, alguns sintomas são: dor nas costas, dor na cabeça, dificuldades para ler. Entre as condições neurológicas que afetam crianças estão: encefalocele, meningocele, lipomas intra raquidianos, hidrocefalia, malformações vasculares no sistema nervoso central.

“O diagnóstico depende muito da causa. É importante avaliar o histórico clínico da criança, ou seja, como foi a gestação e o pós-parto, avaliar quando a criança começou a falar as primeiras palavras e dar os primeiros passos, ou se foram atividades impossíveis de serem realizadas. Exames específicos são solicitados dependendo da situação. Em casos de crianças que já estão na escola, o comportamento dela no ambiente escolar também é levado em conta. Estar atento a qualquer percepção de atraso é fundamental para levar ao pediatra o mais rápido possível e em seguida, caso seja preciso, encaminhar a um especialista”, conclui Canheu.

(*)Luzedna Glece

Diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.

COLUNA EDUCAÇÃO – 04.08.2024 – Início do Segundo Semestre Letivo/2024

Alunos, educadores e toda comunidade escolar sejam todos bem-vindos a um novo semestre letivo. Que juntos possamos realizar um novo ciclo cheio de realizações, possibilidades, conquistas e, consequentemente, sucesso. Que os corpos docente e discente possam iniciar essa jornada com entusiasmo, alegria, compromisso, foco e determinação. A volta às aulas é um momento emocionante, mais uma oportunidade de crescimento, aprendizado e de novos desafios. É uma chance de se reinventar, melhorar, crescer, explorar novos conhecimentos e superar dificuldades e desafios.

Estudantes vocês estão no caminho certo! Caminho exato para assegurar um futuro promissor de muito sucesso. Todos nós educadores acreditamos no seu potencial e na importância da educação para transformar vidas, portanto, quero encorajá-los a seguirem firmes cada dia mais com fé em DEUS, confiança e que sabiamente consigam enxergar as dificuldades como oportunidades e possam enfrentá-las com coragem e perseverança. Vivam intensamente cada experiência, pois toda experiência de aprendizado dentro e fora da sala de aula é uma oportunidade de aprendizado, não apenas acadêmico, mas também pessoal.

Conhecimento liberta. Aproveitem cada dia, cada aula, cada momento de interação. Criem hábitos de estudo! Trace rotinas estudantis. Investigue sobre cada assunto e compartilhe suas ideias e conhecimentos com o objetivo de descobrir e induzir aos outros e a você mesmo as novas perspectivas e descobertas. Nesta nova jornada, lembrem do quão é capaz ! Querido aluno alcançar grandes conquistas, grandes resultados e a importante aprovação dependerá, pincipalmente, de você. Tenha fé em si mesmo, defina metas e trabalhe com foco para alcançá-las.

Enfim, desejo um reinício onde a caneta seja muito bem conduzida por cada um de vocês onde vocês possam continuar brilhantemente a escrita das suas histórias! O futuro da nossa nação depende de cada um de vocês! Vocês representam a esperança de cada brasileiro que súplica por um mundo melhor, onde a justiça e a igualdade sejam fortes pilares sociais.

Aos educadores relembro a nobre missão exercida por vocês! Continuem firmes e determinados a transformar essa sociedade. Mestres vocês desempenham um papel fundamental em moldar o futuro. Seu trabalho é essencial para a humanidade e inspirador. Continuem firmes, determinados, imparáveis, incansáveis e sempre motivados a levarem um mundo melhor para seus aprendizes com muito amor, paixão e sabedoria. Afinal, como disse Marcos Alencar, “SER PROFESSOR É ACREDITAR NO INDIVÍDUO E PODER TRANSFORMADOR EM SUA VIDA”.

(*)Luzedna Glece

Diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.