COLUNA EDUCAÇÃO – 20.10.2024 – ‘Outubro Rosa’ nas escolas, precisamos falar

Outubro é conhecido mundialmente como o mês para campanhas de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Uma temática importante para as mulheres, mas pouco vemos a abordagem do Outubro Rosa nas escolas.

Em Goiás, por exemplo, recentemente foi aprovada uma lei que estende a campanha do Outubro Rosa nas escolas da Rede Pública Estadual (“Art 2º A – Fica instituída a “Campanha Outubro Rosa na Escola”, que tem como objetivo divulgar e incentivar a prevenção do câncer de mama entre a população feminina, de maneira que as meninas e adolescentes, alunas da rede pública estadual, incentivem familiares a realizarem os exames preventivos”.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que cerca de 66.000 mulheres desenvolverão câncer de mama a cada ano entre 2020 e 2022. O mesmo instituto estima ainda que essa seja a segunda maior causa de mortalidade entre as pacientes.

Apesar de ser um assunto delicado, muitos defendem a necessidade de ser falado em sala de aula, ajudando alunos e professores a se conscientizarem, a compreenderem e acompanharem amigos e familiares.

Vale, portanto, uma reflexão: quantas crianças e adolescentes estão passando por isso entre seus familiares, mas não sabem lidar? Ou ainda, quantas delas poderiam ter ajudado sobre a prevenção para suas parentes mais próximas se tivessem aprendido ainda cedo?

Infelizmente, essa pode ser a realidade de muitas crianças e adolescentes. E a escola, enquanto um espaço de acolhimento e educação, deve e precisa promover mais campanhas de conscientização, de forma que incentive seus familiares a também participarem.

Assim, observa-se a importância da campanha dentro e fora da escola, como forma de ajudar alunos e professores não apenas a proteger suas famílias, mas também suas próprias vidas.

Sugestões de atividades

Primeiramente, as escolas devem realizar programas especiais para informar aos alunos sobre como as taxas de sobrevivência aumentam por meio da detecção precoce. Para isso, podem ser utilizados cartazes e folders para distribuição. Além de usar totens por todo o espaço escolar.

Além disso, é possível realizar algumas atividades didáticas, de acordo com as matérias do currículo escolar. Veja a seguir:

– Em Artes: Peça que os alunos produzam as fitas rosas para que possam usar durante o mês. E ainda, realize atividades que seja preciso a produção de cartazes como os dados, diagnóstico e muito mais;

– Na Redação: Incentive seus alunos a produzir uma redação com a temática do Outubro Rosa, ao longo do mês você pode ir apresentando pesquisas e informações que possam enriquecer a produção textual deles;

– Na Educação Física: Crie atividades esportivas para todos os alunos, de forma que estejam relacionadas com a prevenção.

Para além das atividades curriculares, você pode incentivar os alunos a serem solidários com a causa por meio de outros projetos, como levar o material que foi produzido em sala para casa  ou realizar um Bazar Rosa beneficente na escola, e doar lenços para pessoas em quimioterapia.

Por fim, podemos dizer que o Outubro Rosa é uma causa muito importante e é fundamental ter nas escolas, incentivando os alunos a serem agentes ativos de uma campanha que pode salvar a vida de tantas pessoas.

Essa é uma forma de engajar e educar os alunos numa causa importante, não só no currículo escolar, mas também por meio de projetos sociais.

(*)Luzedna Glece

Diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.

Coluna Educação – 13.10.2024 – Outubro mês das crianças e dos mestres

Durante esse mês, o tema inclusão muito tem sido debatido nas escolas, famílias e nos demais âmbitos da sociedade. Orgulhosamente, tenho recebido de várias pessoas seguidoras da coluna, sugestões de temas e a manifestação de entusiasmo sobre esta coluna em um jornal tão respeitado como O FOLHA.
Recebi da senhora Maria Geralda Marques Veríssimo, vereadora da cidade de Piedade dos Gerais e ex-diretora da Escola Estadual Padre Pedro Thysen, um texto escrito por ela sobre o tema inclusão. Afirmo, se tratar de uma profissional séria, ética e preocupada com as questões sociais da sua cidade, do nosso estado e país. Convido a todos a lerem com bastante atenção o texto enviado e formulado de maneira inteligente e perspicaz.

Sobre muros e gente

Por Maria Geralda Marques Veríssimo

“Há alguns dias participei de uma festa beneficente em uma fazenda linda. Algumas coisas chamaram a minha atenção, dentre elas a harmonia entre plantas e pedras. Mas sobre isso falaremos depois. Por agora basta-nos o muro de pedras. Basta-nos pela sua imponência, sua força leve e pela perfeição com que foi construído. Não sei se você já parou para observar um muro de pedras. Como é interessante como cada uma se encaixa, permitindo que a outra, independente da sua forma e do seu tamanho, exerça a sua função para a sustentação do todo.
Ali, na construção do muro, ninguém fala em INCLUIR uma pedra. Não é preciso incluir porque ela nunca foi excluída. Fala-se em encontrar o melhor lugar para que ela faça a diferença, sem chamar a atenção para ela. Não há nenhuma necessidade. Ninguém pára e tira foto da pedra, e sim do muro.
Na construção, o pedreiro simplesmente sente onde a pedra será útil e a encaixa. Simplesmente a encaixa. Sem pretensão de torná-la melhor. Ela já é boa do jeito que é. Só precisa de ser vista e inserida. Mas ele, o pedreiro, só faz isso com perfeição porque se preparou para a construção.
É preciso preparar-se.
Percebe?
Incluir pessoas não é tão diferente.
É preciso preparo e aceitação. Principalmente dos PRE conceitos (reforço da ideia) mais íntimos. É preciso de disponibilidade para despir-se das vaidades, dos “acertísmos” e estar pronto para aprender.
Milagres podem até existir, mas é preciso querer que eles aconteçam e ESTAR PRONTO para quando aconteceram saber o que se faz com eles.
A pedra, aquela do muro, era só a pedra. Pesada. A que faz tropeçar. A que fica no meio do caminho…
O pedreiro… Ah, o pedreiro…”

 

Concluindo temporariamente o assunto sobre inclusão, reforço que apesar de muito termos avançado sobre a importância do INCLUIR, ainda muito temos que avançar. Ações governamentais tornam-se extremamente necessárias para um crescimento maior. Talvez o grande segredo da inclusão é respeitar o que cada um traz de positivo para a construção de algo maior (o muro). Que jamais ressaltemos em nossas crianças e adultos, aquilo que os fazem sentir menos capazes, ou sem um lugar a ocupar (a pedra). Enfim, o padrão que se deseja para inserir as crianças com dificuldades e/ou distúrbios nos ambientes escolares e na sociedade de forma geral, vem evoluindo com muita luta e trabalho de pessoas estudiosas e humanas, que objetivam trazer a dignidade para essas pessoas que clamam pelo seu espaço nessa sociedade tão egoísta e pouco preparada para a diversidade.
Faça a sua parte! Entusiasme seus companheiros a fazerem o mesmo! Façamos juntos a diferença na vida dessas famílias.

(*)Luzedna Glece

Diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.

Coluna Mulher – 13.10.2024 – Mulheres no Comando

As Eleições Municipais de Contagem e o Protagonismo Feminino

As eleições municipais realizadas no último domingo em todo o Brasil, marcaram um momento histórico em Contagem, reafirmando o papel central das mulheres na política local. Com 53,98% do eleitorado feminino – ou seja, 247.820 eleitoras – a cidade demonstrou que as mulheres não só participam ativamente das decisões políticas, como também estão confiando cada vez mais em candidaturas femininas. A vitória expressiva da prefeita Marília é um exemplo claro do protagonismo feminino.

Marília, que foi reeleita para seu quarto mandato, tornou-se a prefeita com o maior número de votos válidos no Brasil. Essa conquista é um marco importante para Contagem, uma das maiores e mais relevantes cidades de Minas Gerais. Seu histórico de gestão é sinônimo de competência, cuidado e resultados práticos que beneficiam o povo em primeiro lugar. Com uma taxa de aprovação de cerca de 80%, sua administração vem sendo reconhecida não apenas por obras e projetos, mas pela implementação de políticas públicas inovadoras e eficazes.

O que faz de Marília uma liderança singular é sua capacidade de combinar habilidade política com uma gestão eficiente, voltada para o bem-estar de todos os setores da sociedade. Desde o início de sua carreira política, Marília tem se destacado por uma visão progressista, que pensa além do imediato, considerando a cidade e seus cidadãos de maneira inclusiva. Suas políticas públicas não apenas atendem, mas acolhem, com um olhar especial para as necessidades de grupos mais vulneráveis.

Este sucesso eleitoral, no entanto, não foi apenas no Executivo. A Câmara Municipal também testemunhou um aumento significativo na participação feminina, com o número de vereadoras eleitas quase dobrando – de quatro, passou para sete. Esse crescimento demonstra que, em Contagem, as mulheres não só querem mais espaço na política, como estão conquistando esse espaço com competência e representatividade.

Esse novo cenário reforça a importância da representatividade feminina no cenário político. Afinal, a presença de mulheres em posições de poder é crucial para assegurar que as questões que afetam diretamente a vida das mulheres sejam discutidas e endereçadas com a devida sensibilidade. E o que temos visto em Contagem é que as eleitoras têm enxergado essa necessidade, votando em mulheres que representam seus interesses e que estão preparadas para atuar com firmeza e compromisso.

Mas essa mudança não acontece por acaso. O protagonismo feminino na política de Contagem vem sendo construído ao longo de anos, com lideranças como Marília abrindo caminho e servindo de inspiração para novas gerações de mulheres que querem fazer a diferença em seus bairros, suas comunidades e sua cidade. Além disso, essa transformação reflete um movimento global em que as mulheres estão exigindo seu espaço em arenas tradicionalmente dominadas por homens – e a política é uma dessas arenas.

A força das mulheres de Contagem é, sem dúvida, um reflexo da cidade que elas ajudam a construir diariamente. Mais do que votos, o que as urnas de 2024 nos mostram é uma confiança renovada na capacidade das mulheres de liderar, de criar soluções e de governar com competência. Marília e as novas vereadoras eleitas simbolizam esse novo capítulo, no qual a política é cada vez mais diversa e plural.

Ainda assim, há desafios pela frente. As mulheres na política enfrentam barreiras que seus colegas homens muitas vezes não enfrentam, desde o machismo estrutural até a falta de incentivos para que mais mulheres se candidatem. É preciso um esforço contínuo para que a política se torne um ambiente mais acolhedor e justo para as mulheres, garantindo que elas possam exercer seus mandatos sem enfrentar discriminação ou preconceitos.

A vitória de Marília e o crescimento do número de vereadoras são sinais de que Contagem está no caminho certo. Mas é essencial continuar avançando, garantindo que mais mulheres tenham a oportunidade de ocupar cargos de decisão e de poder e que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas. A representatividade importa e faz toda a diferença na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Por fim, as eleições de 2024 em Contagem nos deixam uma mensagem clara: as mulheres estão mais engajadas do que nunca, não só nas urnas, mas nos bastidores, nas candidaturas e na liderança política. E isso é motivo de celebração e de esperança para um futuro em que a igualdade de gênero seja não apenas uma meta, mas uma realidade consolidada.